O Golpe do Falso Advogado e a Responsabilidade do Banco

Confira um caso real sobre esse novo golpe! Em tempos de tecnologia e desatenção digital, golpes sofisticados têm enganado pessoas honestas, como a Joana (mudamos o nome para preservar a identidade da cliente), vítima de uma fraude bancária grave. Neste artigo, eu conto em detalhes como o golpe funcionou, os erros cometidos pelo banco, e as medidas jurídicas que adotamos para reparar os danos. Como tudo começou: a promessa de um crédito judicial A vítima já tinha um processo judicial em andamento, ou seja, de fato, havia uma expectativa de ganho. Aproveitando-se dessa informação, os golpistas fizeram contato se passando por seu advogado. Usaram a foto do seu advogado no WhatsApp, utilizando outro número de telefone, documentos reais, citações processuais verdadeiras e simulações jurídicas para gerar credibilidade. Com uma narrativa bem estruturada, os golpistas fizaeram uma videochamada, mas não apareceram no vídeo. Usaram linguagem técnica e manipulação emocional que convenceram a vítima de que ela receberia um valor judicial expressivo e que seria necessário realizar uma “validação bancária”. O golpe em ação: acesso remoto Durante a videochamada, os golpistas instruíram a vítima a clicar em uma opção de “proteção de dados bancários”. Na verdade, tratava-se de um software de espelhamento remoto. Enquanto a vítima visualizava uma tela congelada com suposto saldo em conta, os criminosos: Seu esposo, acreditando que estaria pagando os advogados, imediatamente fez o PIX da sua conta para a conta dos golpistas. Desta forma, o golpe aconteceu simulando uma situação muito comum, com o objetivo de dificultar o cancelamento/estorno dos valores transferidos via PIX. Um ponto crucial que observamos é o uso constante de uma linguagem excessivamente técnica pelos golpistas. Eles misturam termos jurídicos e financeiros complexos de forma estratégica, criando um ambiente de falsa autoridade. Essa abordagem confunde a vítima, que, diante de tantas informações atravessadas e aparentemente legítimas, acaba realizando as transferências sem perceber que está sendo envolvida em um golpe. O banco falhou em proteger Joana Após perceber que havia caído em um golpe, a vítima buscou ajuda junto ao banco, esperando que a instituição adotasse medidas de segurança e proteção. No entanto, em vez de acolher a situação e buscar uma solução justa, o banco acabou agravando ainda mais o problema: sugeriu que a vítima unificasse um contrato fraudulento com uma dívida antiga, transformando tudo em um novo empréstimo de valor ainda maior. Pior: outros contratos fraudulentos continuaram ativos e sendo cobrados normalmente. Está com dúvidas sobre seus direitos Receba orientações iniciais e entenda o que fazer no seu caso.Solicitar orientação Infelizmente, esse tipo de postura não é incomum. O banco, que deveria proteger o cliente, cometeu diversas falhas graves de segurança e atendimento: Essas falhas violam os princípios da boa-fé objetiva e os deveres legais das instituições financeiras, que têm o dever de prevenir fraudes e proteger seus clientes em todas as operações. Qual é o objetivo da ação judicial? A ação judicial movida pela vítima tem um objetivo muito claro: recuperar o dinheiro perdido pelo golpe e responsabilizar o banco por sua omissão. Mais do que apenas buscar a devolução dos valores indevidamente descontados, a ação visa: Através da ação judicial, buscamos garantir que a vítima tenha seus direitos reconhecidos, que os valores sejam restituídos, e que o banco seja compelido a adotar medidas de segurança mais eficazes para proteger seus clientes de situações semelhantes. Tudo isso com base na Súmula 479 do STJ: “As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.” Conclusão: você tem direitos e não está sozinho Golpes como esse se aproveitam de informações reais para aplicar fraudes. Ninguém está imune. Mas a responsabilidade também é das instituições que falharam em proteger você. Se você passou por algo parecido, procure imediatamente apoio jurídico. A Justiça tem acolhido vítimas e garantido reparações.
O Golpe da Qrybut Exchange: a falsa corretora de criptomoedas

Como uma fraude de alto nível enganou uma vítima e o que você precisa saber para não cair nessa armadilha! No mundo das fraudes financeiras digitais, um dos esquemas mais sofisticados e destrutivos que acompanhei é o chamado “Golpe da Qrybut Exchange”. Este artigo é fruto de um caso real que estou representando judicialmente, com o objetivo de alertar o público e, principalmente, mostrar que existe caminho jurídico para buscar a restituição dos valores e a responsabilização dos envolvidos. O Início da Fraude: Autoridade Digital e Manipulação Psicológica O golpe teve início quando a vítima clicou em um link disponível no perfil da influenciadora Nathalia Arcuri no Instagram. Esse link direcionava para um grupo de WhatsApp supostamente vinculado a um clube de investimentos chamado C41 Clube de Investimento Bierce de Análise Inteligente. Durante 15 dias, esse grupo simulava análises de mercado e usava jargões sofisticados como “robôs de IA que identificam sinais de baleias” e “operações com base em índices de liquidez institucional”. Tudo isso, acompanhado de um suposto “Professor Alarie Bierce”, reforçando a aparência de credibilidade. A estratégia era clara: usar neurociência aplicada para gerar confiança e criar autoridade artificial. Escalonamento do Golpe: Do Ganho Inicial ao Rombo Financeiro A vítima foi contatada por uma suposta “Assistente Eliane”, que forneceu as instruções para se cadastrar na falsa plataforma de investimentos Qrybut Exchange. Durante meses, entre fevereiro e maio de 2025, a vítima realizou transferências bancárias e operações com criptoativos que totalizaram mais de R$ 528.000,00. Essas transferências foram habilmente divididas para mascarar o destino final dos recursos. Técnicas de Manipulação: O Golpe Por Dentro O que diferencia esse golpe é o uso de técnicas sofisticadas de engenharia social, pressão psicológica e simulação de ambiente financeiro. A vítima foi levada a crer que havia contratado um empréstimo em USDT e que deveria pagar para liberar os créditos. Em seguida, surgiu a alegada necessidade de “liberação de auditoria” e de que a plataforma deixaria o Brasil por investigações. A cada nova promessa de recuperação, a vítima era induzida a injetar mais dinheiro, vendendo bens e comprometendo sua estabilidade financeira. Está com dúvidas sobre seus direitos Receba orientações iniciais e entenda o que fazer no seu caso.Solicitar orientação Os Sinais da Fraude Depois de mais de centenas de atendimentos específicos em casos de golpes, é possível estabelecer um padrão da fraude e eu separei alguns sinais que podem te ajudar a identificar se você está passando por isso. Veja: A Solução Jurídica: O Que Estamos Fazendo Como representante da vítima, ajuizamos ação com base na responsabilidade civil objetiva e na Súmula 479 do STJ, que afirma: “As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.” Também responsabilizamos as plataformas de pagamento e os bancos envolvidos, bem como solicitamos o compartilhamento de informações para identificar os fraudadores e bloqueio judicial de valores. Há ainda pedido para que o caso seja investigado criminalmente por estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Se você foi vítima, aja rápido Quanto mais rápido você buscar amparo jurídico, maiores as chances de rastrear valores e responsabilizar os envolvidos. Fraudes digitais exigem agilidade e estratégia. Não deixe para depois. Se você identificou sinais parecidos com o relatado aqui, entre em contato. Estamos preparados para agir.
Golpe no Instagram disfarçado de Curso de Investimentos

Como identificar, reagir e recuperar seu dinheiro pela via jurídica Imagine você estar navegando pelo Instagram, assistindo a vídeos, e se deparar com a oportunidade de participar de um grupo de estudos sobre investimentos, com linguagem simples, retornos promissores e pessoas aparentemente reais exibindo seus lucros. Parecia uma chance imperdível, certo? Foi exatamente o que aconteceu com Maria (nome fictício para preservar a identidade de nossa cliente), uma publicitária que buscava alternativas para melhorar sua vida financeira e acabou envolvida em um golpe sofisticado de manipulação emocional e engenharia social. Como o golpe foi aplicado? O esquema começa com um grupo no WhatsApp chamado “SY-12 Instituto de Investimentos Merrill Lynch”. Todos os dias, uma suposta assistente compartilhava “oportunidades de investimento” com lucros altos e rápidos. Havia também um falso professor que ensinava sobre a bolsa de valores e reforçava a sensação de segurança. Maria começou com um pequeno investimento e obteve retorno. Isso ativou o sistema de recompensa do cérebro, liberando dopamina e reforçando a crença de que estava no caminho certo. Esse é o mesmo mecanismo que alimenta comportamentos de vício e compulsão. Com o tempo, ela foi convencida a investir valores maiores: contratou empréstimos, usou recursos próprios e chegou a investir mais de R$ 35 mil reais em um falso “IPO”. Quando tentou sacar, o saldo zerou. E para “recuperar o dinheiro”, exigiam novos depósitos. Por que você deve se preocupar (mesmo que não tenha sido vítima ainda)? Golpes como esse estão cada vez mais frequentes. Usam o Instagram, WhatsApp e Telegram como meio, se aproveitam da ingenuidade das pessoas, da falta de fiscalização das plataformas e da omissão de instituições financeiras. A promessa de dinheiro fácil, somada à sensação de exclusividade e à narrativa emocional, criam uma armadilha perfeita para o cérebro humano. Está com dúvidas sobre seus direitos Receba orientações iniciais e entenda o que fazer no seu caso.Solicitar orientação Existe solução jurídica? Sim, e você pode se apoiar nela A Justiça já tem reconhecido que bancos e plataformas digitais têm responsabilidade objetiva por falhas na segurança de seus serviços. No caso da Maria: Com base na Súmula 479 do STJ, os bancos respondem objetivamente pelos danos causados por fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias. Já o Código de Defesa do Consumidor (CDC) assegura a responsabilidade solidária entre todos os envolvidos na prestação do serviço. Também é garantido o direito à inversão do ônus da prova em favor da vítima, para facilitar sua defesa. O que você pode (e deve) fazer agora? Não se culpe. Você foi vítima de um golpe profissional Golpes financeiros modernos não são aplicados por amadores. Eles usam técnicas de neurociência, PNL e psicologia comportamental para conduzir a vítima a uma decisão irracional e impulsiva. Quanto mais rápido você agir, maior a chance de recuperar seu dinheiro e impedir que mais pessoas sejam enganadas. Busque ajuda jurídica e não tenha vergonha. Você tem direito à justiça e à reparação. Este artigo foi inspirado em um caso real para fins de conscientização. Se você ou alguém que conhece foi vítima de golpe financeiro online, procure apoio jurídico imediatamente.
